em belo horizonte
poesia e experiência
[a delicadeza e a fúria],
com lu menezes,
fabiano calixto,
mônica de aquino e guilherme
zarvos
no rio de janeiro
granulações,
de anna monteiro
viva,
hilda!
oficina escrita criativa e
construção de personagens I e II,
por jorge pereira
O editor-chefe da
Revista Philos (publicação de Literatura da União Latina), Jorge Pereira, produtor cultural pernambucano, estará no Rio de
Janeiro de 21 a 25 de maio para a
oficina Escrita Criativa e Construção de
Personagens I e II, no Instituto
Estação das Letras [www.estacaodasletras.com.br].
As aulas serão
pautadas na discussão de grandes obras da literatura, autores e artistas, com
foco nos aspectos da escrita criativa e da construção de personagens.
A Oficina está
dividida em duas partes independentes.
O módulo I (A matéria apropriada à ficção não existe
e Letras sobre a tela) acontece dias 21 e 22 e o segundo módulo (Movimentos de Fuga e Peregrinação e A idade da escrita), dias 24 e 25, sempre das 13h às 18h. No dia 23, não há aula.
Inscrições e
informações: estacaodasletras@estacaodasletras.com.br | 21 3237-3947
O IEL fica na Rua
Marquês de Abrantes, 177 - Flamengo.
Investimento
Módulo I: R$
150,00
Módulo II: R$
150,00
Módulos I + II:
R$ 250,00
Módulo I
A matéria apropriada à ficção não existe
Através da obra
de Clarice Lispector, A paixão segundo
G. H., será demonstrado que textos literários podem ter temáticas banais,
partindo de assuntos inusitados, como a morte da barata no apartamento da
personagem G. H., que gerou uma reflexão sobre suas angústias emocionais. A
exposição do tema terá como suporte teórico alguns ensaios da escritora
inglesa, Virginia Woolf. Ao final, os inscritos farão uma produção textual
depois da retirada de objetos distintos de uma caixa preta, escrevendo
literatura realista ou fantástica. Todo o processo de produção e criação da
narrativa será acompanhado pelo facilitador.
Letras sobre a tela — literatura e pintura na
efervescência da modernidade
Se as obras
ficcionais da escritora inglesa Virginia Woolf fossem telas, certamente elas
teriam sido pintadas pelo artista Claude Monet, um pintor francês, cuja obra
mais famosa foi Impressão, sol nascente,
que deu nome ao movimento impressionista. Dando destaque à obra Passeio ao farol, de Virginia,
mostraremos como em ambos os artistas tudo é esboço, sensação, instante,
pontilhados da rotina — uma necessidade do início do século XX em captar o
presente para eternizar o seu frescor. Ao final, os inscritos farão um
exercício de construção de personagens a partir de fenômenos emocionais,
permeando a mesma temática.
Módulo II
Movimentos de fuga e peregrinação
Vencedores do
Prêmio Nobel de Literatura, Alice Munro e Gabriel García Marquez não partilham
grandes similaridades em suas escritas. Porém, em suas obras o leitor depara-se
com movimentos que geram reações inesperadas, como nas histórias de ninar, em
que tudo se passa calmamente até que surge o elemento do desequilíbrio. Em Fugitiva, Alice deixa cada personagem
fora de órbita, atraídos e repelidos por forças cujas origens eles, e mesmo o
narrador, desconhecem. Em Doce cuentos
peregrinos, Gabriel García Marquez espera dezoito anos para dar fuga aos
seus personagens em doze contos abrasivos e insaciáveis em uma rara experiência
criativa. Pautados na fuga e na criação de narrativas que fogem das obviedades
e surpreendem, essa masterclass quer proporcionar o alívio duradouro de voltar
para casa onde as palavras, nuas, nos dão fugas.
A idade da escrita
Dentro das
tendências neovanguardistas do modernismo tardio português, a escritora Ana
Hatherly faz nascer a escrita pela poesia visual, em que a visualidade dos
signos torna, com frequência, o seu conteúdo semântico integrando-se com a obra
visual que se mostra em galerias de artes e museus. A poética e as experiências
pictóricas da cidade do Rio de Janeiro serão o centro desse masterclass de
criação livre acerca das fábulas e antifábulas cotidianas. Ao final os
inscritos farão uma produção textual de caráter experimental.
em são paulo
sessão cinema
willeriano
Janela Cineclubista - Programa de Ação Cineclubista -
Spcine
Sessão com três
documentários que tangem, de maneiras distintas, o universo criativo e poético
de Claudio Willer, fundamental poeta,
ensaísta e tradutor paulistano, figura ativa na vida cultural da cidade de São
Paulo desde os anos 1960 até os dias de hoje. Autor de clássicos da poesia
brasileira de verve transgressora e surrealista, como Anotações para um apocalipse (1964) e Jardins da provocação (1981), Willer é ainda tradutor de autores
como Jack Kerouac, Allen Ginsberg, Lautréamont e Antonin Artaud. Na sessão serão
exibidos o curta-metragem Antes que eu
me esqueça (1977), de Jairo Ferreira — o guru do Cinema de Invenção —
registro poético/documental do sarau de lançamento do livro homônimo de Roberto
Bicelli, do qual Claudio Willer, Roberto Piva e outros poetas participaram; o
média-metragem Inventário da rapina
(1986), de Aloysio Raulino, que utiliza poemas do livro Jardins da provocação para registrar impressões do Brasil na época,
de maneira não menos poética; e o curta documentário/experimental A propósito de Willer (2016), de
Priscyla Bettim e Renato Coelho, uma ode ao universo poético willeriano. Ao
final da sessão, com duração total de 62 minutos, Claudio Willer participará de um bate-papo com o público presente,
expondo seu vasto conhecimento sobre a relação entre poesia e cinema. Willer
sempre manteve interesse e estreita relação com o cinema, sendo próximo de
realizadores paulistanos fundamentais como Carlão Reichenbach, Inácio Araújo e
Jairo Ferreira — para quem prefaciou o clássico livro Cinema de Invenção.
Antes que eu me esqueça
Dirigido por Jairo Ferreira, 15 minutos, 1977
Com Claudio Willer, Roberto Piva, Roberto
Bicelli, Jorge Mautner, Nelson Jacobina
Sinopse: Curta de
Jairo Ferreira em super 8, filmado no lançamento do livro homônimo de Roberto
Bicelli em dezembro de 1977, Teatro Célia Helena, São Paulo. Leituras de poemas
de Roberto Bicelli, Roberto Piva, Claudio Willer, Luiz Fernando Ramos, Eduardo
Gianetti. Música de Jorge Mautner e Nelson Jacobina. Academia de sumô.
Fliperamas.
Inventário de rapina
Dirigido por Aloysio Raulino, 29 minutos, 1986
Com Tamy Marrachine, José Gomes, Tavinho, Mineiro, Piriri
Sinopse:
Utilizando texto, relato e música do poeta Cláudio Willer, o filme registra
impressões do momento que vivemos hoje no Brasil, podendo ser definido como um
drama intimista patriótico.
A propósito de Willer
Dirigido por Priscyla Bettim e Renato Coelho, 18 minutos, 2016
Com Claudio Willer, Priscyla Bettim
Sinopse:
Documentário experimental inspirado no universo criativo do poeta Claudio
Willer. Nascido na cidade de São Paulo, em 1940, também tradutor e ensaísta,
Willer é um dos principais expoentes da poesia brasileira de verve surrealista
e transgressora.
Terça-feira, 15 de maio às 20h
Centro Cultural Olido: Avenida São João, 473 - Centro
em brasília
arquitentando
arte
SHIN CA 05 - Bloco J2 - Sala 102