em joão pessoa
sarau selváticas: marielle franco, presente!
org. débora gil pantaleão,
anna apolinário e aline cardoso
©speto
No próximo sábado (31), a partir das 19h, poetas da Paraíba e de outros
estados do Brasil, estarão participando do Sarau
Selváticas, organizado pelas escritoras Débora Gil Pantaleão e Anna
Apolinário e pela poeta e educadora, Aline
Cardoso.
O Selváticas fará uma versão pocket do
sarau, apresentando poemas recitados por mulheres. É uma iniciativa para dar
protagonismo à produção poética de autoria feminina na Paraíba, e este ano, faz
parte da programação do Grito Rock João
Pessoa, festival cultural que acontece neste sábado no Centro Histórico da Capital.
O Sarau Selváticas vai homenagear a
vereadora do PSOL, Marielle Franco,
que foi assassinada no último dia 14, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro.
O assassinato de Marielle, e do
motorista, Anderson Gomes, aconteceu
dois dias depois da parlamentar denunciar ações da Polícia Militar do Rio de
Janeiro nas comunidades carentes da cidade. Desde então, a sociedade brasileira
e internacional, está mobilizada para cobrar do governo brasileiro a punição
aos executores e mandantes da morte de Marielle
Franco. Mais de cem ONGs e entidades internacionais se uniram para
denunciar o estado brasileiro na ONU e pediram investigações independentes
sobre a morte da vereadora carioca Marielle
Franco.
Mulherio homenageia Marielle
– O movimento Mulherio das Letras,
que em 2017 realizou seu primeiro encontro nacional em João Pessoa, também vai
homenagear Marielle Franco. As
participantes do Mulherio estão organizando uma antologia poética e já abriram
uma chamada para as autoras interessadas enviarem seus poemas. "A execução
da vereadora e ativista negra causou grande comoção mundial e nossas autoras
também se sensibilizaram, publicando poemas e compartilhando de outras",
explicou a escritora Marília Kubota.
Carol Magalhães, da Quintal Edições, e as escritoras Cidinha Silva e Eliana Mara, também estão na organização. Os poemas devem ser
enviados para o e-mail antologiamarielle@gmail.com,
até o dia 06 de abril. A
participação é aberta a todas as autoras, em âmbito nacional e elas não pagarão
nada para participar. A antologia em homenagem à Marielle deve ser lançada em julho durante a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) e durante o segundo
encontro do Mulherio das Letras, em
novembro, no Guarujá. [Texto de Mabel
Dias]
em são paulo
o idílio de maria elefanta e perna seca,
de jorge de barros
A Editora Fractal e o Patuscada — Livraria, Bar & Café
convidam para o lançamento do livro O
idílio de Maria Elefanta e Perna Seca (contos), de Jorge de Barros. O evento, gratuito, será realizado no dia 07 de abril (sábado), a partir das 19h, no Patuscada — Livraria, Bar & Café: Rua Luís Murat, 40 - Vila
Madalena. O exemplar estará à venda por R$ 38,00 (formas de pagamento: dinheiro
e cartões de débito e crédito).
travessias assimétricas:
escrita em movimento,
com angela quinto, cristina
elias e débora daich
curadoria isabel villalba
em porto alegre
sarau escrevências:
conceição evaristo
Participação de Ana dos Santos e Fernanda Bastos
7 de abril às 19 h | Livraria Taverna: Rua Fernando Machado, 370
- Centro Histórico
no rio de janeiro
as cidades dos poetas
coordenação antonio carlos
secchin
identidades: atelier poético-psicanalítico,
com roseana murray e william amorim
Um encontro entre
a poesia da escritora Roseana Murray,
os contos de Clarice Lispector e a
psicanálise de William Amorim (autor
de livros premiados e, entre outros, supervisor clínico-institucional, pelo
Ministério da Saúde, de Centros de Atenção Psicossociais Adulto e Infantojuvenil)
está marcado para o próximo dia 7 de
abril, sábado, das 9h30 às 13h30,
no Instituto Estação das Letras, durante
a Oficina Identidades: atelier poético e
psicanalítico.
Com textos e
depoimentos orais e escritos, Roseana
e William percorrerão o nascimento,
a infância, a adolescência, a descoberta do amor e do outro, até o momento
atual. Vida e Morte. Um mergulho nas identidades, nos desejos e nas memórias de
cada um, com o objetivo de sensibilizar e entrar em camadas profundas do ser,
razão pela qual, segundo Roseana Murray,
a literatura pode caminhar junto à psicanálise.
"Num tempo
que é tão veloz, onde tudo é tão descartável, precisamos parar e fazer essa
conexão com nossa vida e acervo de memórias", acredita Roseana, cujos poemas, junto aos textos de Clarice Lispector e as falas de William Amorim têm a escrita e a literatura como matérias-primas.
Para os
professores, essa oficina dá conta de uma parte dos desejos humanos, ao mesmo
tempo em que aguça a humanidade num processo contínuo de descobertas.
William diz que poesia e
psicanálise brotam do mesmo solo, a palavra. "O poeta e o analista vão no
primitivo da palavra".
"O primeiro
limpa as palavras dos sentidos que acabam ganhando durante a vida. E o analista
possibilita ao sujeito, também, voltar no primitivo dos seus significantes, uma
vez que nos alienamos nos sentidos do outro. Na análise, temos uma limpeza
desses significantes do outro pra se aproximar mais de nós mesmos. O poeta faz
algo que a gente leva um tempo para conseguir, compara".
Quem é Roseana Murray?
Autora de livros
de poesia e contos para crianças, jovens e adultos. Graduada em Língua e
Literatura francesa pela Universidade de Nancy através da Aliança Francesa,
recebeu ao longo de sua carreira os Prêmios: APCA, O Melhor de Poesia da FNLIJ
(por quatro vezes), Prêmio ABL para livro infantil, além de diversas vezes a
láurea "Altamente Recomendável" da FNLIJ. Faz parte da Lista de Honra
do Organismo Internacional IBBY, que abriga os melhores autores de literatura
infantojuvenil do mundo. Trabalha com o Projeto de Leitura Café, Pão e Texto,
recebendo Escolas Públicas em sua casa para um café da manhã literário. Faz
palestras sobre a Formação do Leitor e oficinas. Tem cerca de cem livros
publicados.
Quem é William Amorim?
Escritor, membro
da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (AICLA). É professor e
especialista em Saúde Mental. Psicanalista Associado e Diretor do Corpo
Freudiano da Escola de Psicanálise Seção São Luís. Fundador e presidente do
CIAMM – Centro da Infância e Adolescência Maud Mannoni. Desenvolveu estudos de
formação e estágios em instituições nacionais e internacionais de referência no
tratamento de crianças, adolescentes e jovens autistas e psicóticos: Centre
d'Études et Recherches Pédagogiques et Psychanalitiques L'École Expérimentale
Bonneuil sua Marne - Paris/França (Centro de Estudos e Pesquisas
Pedagógicas e Psicanalíticas
Escola Experimental Bonneuil-sur-Marne);
L'Institut Médico Pédagogique Notre Dame de la Sagesse Le Courtil -
Bélgica - (Instituto Médico-Pedagógico Nossa Senhora da Sabedoria Le Courtil),
Coordenador regional e pesquisador do
Programa de Estudos e Pesquisas em Autismo - PreAut Brasil – do Insituto
PRÉAUT/França; Coordenador do Projeto Travessia para a Inclusão Escolar de
Crianças e Adolescentes Autistas e Psicóticos; Consultor na área de Educação
Inclusiva de crianças, adolescentes e jovens autistas e psicóticos, Supervisor
clínico-institucional, pelo Ministério da Saúde, de Centros de Atenção
Psicossociais (CAPS) adulto e infanto-juvenil; Membro-pesquisador do GPLINCE:
grupo de pesquisa em Linguagem, Cultura e Ensino; autor do livro premiado O amor em uma aprendizagem ou o livro dos
prazeres: uma abordagem psicanalitica (SECMA), Coautor dos livros Internautas: os chips reinventando o nosso
dia a dia (São Paulo: Ed. Melhoramentos, 2011), Clínica e estrutura (Rio de Janeiro: Contracapa, 2014). Áreas de estudo/pesquisa: psicanálise e literatura;
psicanálise e linguagem; psicanálise e educação inclusiva.
Sobre o Instituto Estação das Letras
Após 21 anos como
reduto da literatura nacional no Rio de Janeiro, no início de 2017, a Estação das Letras passou a ser Instituto Estação das Letras (IEL): um
colegiado de alunos, professores e escritores com a finalidade de ampliar
projetos que já existiram, entre eles Estação Pensamento & Arte, Rodas de
Leitura e Caravana de Escritores, e investir em muitos outros através de apoio
de leis federais, estaduais e municipais de incentivo à cultura. A grade de
aulas disponibiliza cursos regulares, que duram até quatro meses, oferecidos
nas modalidades Introdução e Avançado, e cursos mais rápidos de um ou dois
meses, workshops, ciclos de palestras, além de aulas rápidas aos sábados.
Para saber mais
Instituto Estação das Letras
Rua Marquês de Abrantes, 177 - Flamengo
Telefone: (21) 3237-3947
em são paulo, rio e beagá
borboleta — a menina que lia poesia,
de chris herrmann
Recado
da autora:
em lisboa
eles não moram mais aqui,
de ronaldo cagiano
na suécia
a boca da noite,
de cristino wapichana, ganha
a estrela de prata do prêmio peter pan
A edição sueca do
livro A boca da noite (Zit Editora,
selo do Grupo Editorial Zit), de Cristino
Wapichana e ilustrado por Graça Lima,
acaba de receber a Estrela de Prata do
Prêmio Peter Pan, concedido pelo IBBY - International Board on Books for
Young People, da Suécia.
Traduzido por Helena Vermcrantz e lançado na Suécia
pela editora Hjulet, A Boca da Noite
(Nattens Mun), nesta edição do Prêmio Peter Pan, concorreu com autores da
China, Canadá, Alemanha, Holanda e França, e trouxe para o Brasil o segundo
lugar. Era o único representante da América Latina. Foi o segundo livro
brasileiro a ganhar a Estrela de Prata do Prêmio Peter Pan. Em 2014, Ana Maria Machado ganhou o mesmo prêmio
com seu livro Mas que festa.
O livro A Boca da Noite vem colecionando mais
prêmios desde que foi lançado. Ganhou, em 2014, com esse singelo e vigoroso
texto, menção honrosa no Concurso FNLIJ/UKA Tamoios de Textos de Escritores
Indígenas. Foi vencedor em duas categorias
do Prêmio FNLIJ 2017, na categoria Criança e categoria Melhor Ilustração, e
ficou em terceiro lugar na categoria livro infantil do Prêmio Jabuti 2017.
Cristino Wapichana é do povo
indígena Wapichana, de Roraima, e conta nesse livro a história de dois irmãos
contra o desconhecido e transporta o leitor para uma aldeia cheia de mistérios,
mostrando um pouco da infância, da família, do cotidiano e da criatividade do
seu povo.
E a premiada e
sensível ilustradora Graça Lima
consegue realçar ainda mais a beleza dessa história com seus traços e pinturas.
Seus desenhos fazem lembrar da vasta arte dos povos indígenas, como a das
cerâmicas e a das pinturas corporais. As páginas estão recheadas de cores que
emocionam e instigam.
na china
francesca cricelli
No Festival Internacional de Poesia Dufu
Thatched Cottage, em Chengdu (província de Sichuan), numa conversa — com Hu Xudong, em Beijing — sobre os caminhos da poesia contemporânea brasileira (com os alunos
do Departamento de Línguas Modernas da Universidade de Pequim) e numa leitura de seus poemas em Shangai,
com apresentação do seu primeiro libreto
chinês no Museu Misheng.